A investigação já há muito que tem mostrado a relação positiva que se estabelece entre o tipo de objetivos e outras variáveis relevantes, como seja a autoeficácia e a utilização de estratégias cognitivas mais complexas ou de processamento mais profundo em tarefas de aprendizagem. O reconhecimento dos efeitos positivos dos objetivos de mestria reúne suporte empírico nos estudos que têm sido realizados, cujos resultados sugerem que os estudantes mais orientados para a mestria são, habitualmente, mais intrinsecamente motivados, mais persistentes perante obstáculos, e apresentam padrões de pensamento e de expectativa mais favoráveis, quando nos referimos às tarefas escolares e à escola na sua globalidade. O objetivo do presente trabalho é o de analisar a relação entre as dimensões de confiança e a orientação motivacional dos objetivos para a escrita, considerados nas duas dimensões avaliadas neste estudo: desempenho e mestria. Os participantes são 286 estudantes universitários (= 21.47 anos, DP = 4.82) a frequentar instituições de ensino superior localizadas na região Centro de Portugal. Em termos gerais, os resultados revelaram uma ligação mais estreita da confiança, quer a nível das estratégias de escrita, quer das tarefas, com a orientação para a mestria. Mais especificamente, os estudantes com níveis de confiança mais elevados, tanto no plano das estratégias como das tarefas, mostraram uma orientação motivacional predominante para a mestria e uma orientação pouco expressiva (e inversa) para o desempenho. A reflexão sobre estes resultados poderá contribuir para a promoção da aprendizagem do estudante do ensino superior.