O presente artigo versa sobre como os professores percecionam o envolvimento dos alunos na escola, nos cursos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Mais especificamente, como os professores percebem o envolvimento dos alunos da EJA na escola e como esta perceção se diferencia em função da idade do professor e do aluno, do sexo do professor e do aluno, da formação do professor, da sua experiência profissional (no campo global e específico da EJA) e da zona-cidade onde o professor leciona. Realizou-se a investigação por meio da aplicação da Escala Quadridimensional de Envolvimento dos Alunos na Escola (EAE-E4D) elaborada por Veiga (2013, 2016), em versão adaptada para a forma inferida, mantendo as dimensões cognitiva, afetiva, comportamental e agenciativa. A aplicação do instrumento ocorreu de forma online incidindo sobre 220 professores que lecionavam módulos específicos na Educação de Jovens e Adultos. Como resultado, identificou-se que os professores percecionam o envolvimento dos alunos como sendo suficiente  na dimensão cognitiva e na dimensão agenciativa, e como sendo elevado na dimensão comportamental e na dimensão afetiva. A perceção que os professores vão tendo do envolvimento dos alunos vai aumentando dos módulos iniciais para os mais avançados, em todas as dimensões do envolvimento. Quanto maior é a idade dos professores, menor foi a percepção de envolvimento agenciativo dos alunos. Os professores do sexo feminino (versus masculino) percecionam maior envolvimento em todas as dimensões; os alunos do sexo feminino são percecionados como tendo maior envolvimento na dimensão afetiva e comportamental; os alunos da zona urbana (versus suburbana) são percecionados com maior envolvimento na dimensão agenciativa. Nas demais variáveis, não ocorreram diferenciações significativas. Os resultados são interpretados à luz da literatura revista.